Tom: C
Intro: C F Em7/5- A Dm
Dm
Na Pra�a da Figueira,
Em7/5- A
ou no Jardim da Estrela,
Em7/5- A Dm
num fogareiro aceso � que ele arde.
Ao canto do Outono,
Em7/5- A
� esquina do Inverno,
Em7/5- A Dm
o homem das castanhas � eterno.
C F
N�o tem eira nem beira, nem guarida,
Em7/5- A Dm
e apregoa como um desafio.
C F
� um cartucho pardo a sua vida,
Em7/5- A Dm
e, se n�o mata a fome, mata o frio.
Dm
Um carro que se empurra,
Em7/5- A
um chap�u esburacado,
Em7/5- A Dm
no peito uma castanha que n�o arde.
Em7/5- A
Tem a chuva nos olhos e tem o ar cansado
Em7/5- A Dm
o homem que apregoa ao fim da tarde.
C F
Ao p� dum candeeiro acaba o dia,
Em7/5- A Dm
voz rouca com o travo da pobreza.
C F
Apregoa peda�os de alegria,
Em7/5- A D
e � noite vai dormir com a tristeza.
{refr�o}
D Em A
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Em A D
A estalarem cinzentas, na brasa.
D7 G
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
A D
Quem compra leva mais calor p'ra casa.
A m�goa que transporta a mis�ria ambulante,
passeia na cidade o dia inteiro.
� como se empurrasse o Outono diante;
� como se empurrasse o nevoeiro.
Quem sabe a desventura do seu fado?
Quem olha para o homem das castanhas?
Nunca ningu�m pensou que ali ao lado
ardem no fogareiro dores tamanhas.